A Grande Aventura da Floresta Encantada

Era uma vez um grupo de amigos, formado por cinco animais: o elegante elefante, o amistoso macaco, o falante leopardo, a fiel cobra e o sonhador bicho-preguiça.

Por mais que os animais quisessem proteger a floresta da falta de compreensão sobre a necessidade de preservar a natureza, os perigos iminentes, como o homem e tudo que ele pode provocar queimadas, desmatamento, sobrepesca, exaustão de recursos naturais eram constantes. A floresta estava envolvida em outro perigo: havia um mistério e uma nova ameaça.

— Vocês estão ouvindo esse barulho? Perguntou o bicho-preguiça.

— Ah, tenha dó, bicho-preguiça. Eu sou uma ameaça? Perguntou a cobra que estava passando.

— Eu não procuro ninguém para picar. O que devo fazer se essa é minha única forma de defesa e ataque?

O macaco brincalhão desceu da árvore e levantou seu rabo. A cobra, mais que depressa, tentou picá-lo.

— Está vendo, bicho-preguiça? O que posso fazer se esse é o meu legado? Estou caminhando pela floresta, feliz e calma, mas vem um macaco danado querendo me jogar para o alto.

— Como essa história irá continuar? Perguntou o leopardo.

— A cobra de fato não era o perigo anunciado, talvez o elefante charmoso que era muito pesado.

— Lá vem o bicho-preguiça diminuindo meu legado. Eu sou forte, inteligente, tenho uma memória impecável e, além disso, me adapto fácil. Falando em memória, eu só queria ressaltar que o perigo mesmo é o leopardo.

— Ai, ai, eu sabia que para mim ia sobrar. Eu sou ágil, tenho força e habilidades de camuflar, acho que o perigo é mesmo o animal que está a narrar. O bicho-preguiça tem tanta preguiça que dele mesmo ele não quer falar.

— Isso é verdade! Confirmou o macaco amistoso, esses dias ele estava com tanta preguiça que me fez ajudá-lo a descer do alto.

— Isso mesmo! Afirmou o leopardo. Ele tem preguiça até de comer, só estica o braço.

— Está decidido. Disse a cobra toda empolgada, a ameaça da floresta é a preguiça. Com essas garras longas e curvas, o bicho-preguiça poderia desbravar a mata, mas até para abrir os olhos ele tem preguiça. Olhem, até agora o bicho-preguiça está com os olhos fechados.

O bicho-preguiça, ouvindo tudo, apenas sorriu, pois gastaria muita energia abrir os olhos. E foi assim que a história do sonhador bicho-preguiça chegou ao fim. Até maissss ppppeeeessssoaaaaallllll.

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Ester Tavares

Escritora
Idealizadora e diretora da marca editorial Dynsters♡•

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